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11 de out. de 2011

Você está meio chateado com seu ambiente na empresa? Mude!


Quer mais felicidade no trabalho? Decida-se por ela

A infelicidade acontece quando entramos num processo de letargia, isto é, não agindo para resolver o que tem que ser resolvido

Por Ricardo Piovan



Um grupo de psicólogos estudou a relação entre atitude e felicidade em crianças. Os pesquisadores levaram duas crianças ao laboratório para serem observadas. Um delas foi descrita como contente, solta, positiva. O outro garoto foi descrito como negativo, mal adaptado e infeliz.
Os cientistas começaram o experimento colocando a criança de atitude negativa num quarto repleto de brinquedos conhecidos. O garoto brincou um pouquinho com cada brinquedo e depois de quinze minutos estava entediado e disse: "Esses brinquedos são chatos. Não dá para arrumar uns brinquedos melhores para mim?".
Então os pesquisadores colocaram o menino positivo numa sala onde havia um balde de esterco. Do outro lado, do espelho monofásico, os cientistas observaram a reação daquela criança: "Ei, cara! Deve ter um pônei aqui perto".
Felicidade é uma questão de como você vê a realidade a sua volta. Algumas pessoas aprenderam a ver o mundo de forma positiva, acreditando em escolhas que geram mudanças. Outras já aprenderam a ver o mundo sem solução e não entram em ação para resolver aquilo que precisa ser resolvido.
Algumas sugestões de ver a empresa de forma diferente:
>> Está infeliz com o seu salário? Ao invés de reclamar pelos cantos da empresa, que tal você ter uma conversa adulta com o seu líder e perguntar o que você precisa fazer, ou mudar, para receber um aumento daqui a seis meses.
>> Está infeliz com o volume de trabalho sem tempo para sua vida pessoal? Simples, leia três livros sobre administração do tempo e produtividade e coloque as orientações em prática. Saiba que você terá que fazer coisas diferentes para ter resultados diferentes.
>> Está infeliz com os resultados das suas vendas? Enquanto você reclama que o mercado não está comprando, tenho certeza que tem vendedores vendendo muito. Observe o que estas pessoas fazem diferente daquilo que você faz no dia a dia, talvez a solução esteja por aí.
>> Está infeliz com a sua equipe, pois ela não é tão produtiva o quanto você esperava? Estude sobre liderança e influência. Provavelmente, você precisa aprimorar-se nestes quesitos. Talvez você esteja agindo como um chefe e não como um líder.
Veja os seus problemas e dificuldades de forma diferente, pois as pressões e adversidades da vida se dissipam à medida que entramos em ação para resolvê-las.
A infelicidade acontece quando entramos num processo de letargia, isto é, não agindo para resolver o que tem que ser resolvido.
Portanto, se quer mais felicidade na sua vida profissional: DECIDA e entre em ação.
Ricardo Piovan é palestrante, autor do "O livro do líder completo" e diretor da Portal Fox - ricardo.piovan@portalfox.com.br 



6 de mar. de 2011

É certo trabalhar segunda e terça?

Empresas não são obrigadas a liberar seus funcionários em dias de Carnaval

Legalmente, segunda, terça e quarta-feira não são considerados feriados nacionais; aumentar envolvimento dos funcionários com projetos pode evitar desmotivação nesse período.

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Apesar de institucionalizado na cabeça de todos os brasileiros, os dias de Carnaval (7 a 9 de março neste ano), que caem na segunda, terça e quarta-feira, não são considerados feriados nacionais pela legislação brasileira. “Essas datas são dias normais, se não há nenhum tipo de acordo entre o empresário e seus funcionários esses dias são de trabalho”, afirma Luiz Afrânio de Araújo, advogado trabalhista do escritório Veirano Advogados. “A empresa tem direito de advertir o funcionário que faltar sem justificativa se a folga não foi combinada previamente.”

Muitas empresas, porém, acabam seguindo o costume de fechar as portas durante as festividades dessa época. Mas para alguns negócios, como pousadas turísticas e lojas de shopping, isso não é uma opção. Nesses casos, há alternativas para contornar a desmotivação dos funcionários. “Uma delas é sempre envolvê-los com os projetos da empresa, fazer com que eles achem importante estar presentes”, explica Sumara Jurdis, especialista em motivação e comportamento.

O mais importante nessa questão, afirma Sumara, é deixar a presença ou a folga dos funcionários acordada com antecedência e manter uma comunicação clara. “Tudo o que já tiver sido acordado com antecedência não

leva a uma desmotivação, porque isso já era de conhecimento do funcionário, expectativas não são geradas”, afirma. “Mas com certeza a empresa vai passar uma imagem de desleal se por acaso prometer os dias de folga e voltar atrás.”

Rafael Farias Teixeira | 04/03/2011

3 de fev. de 2011

Sorteios, brindes, ofertas exclusivas e cupons de descontos

As mídias sociais e o desempenho no varejo

Quem nunca se pegou navegando pelo twitter de um estabelecimento a procura de um descontinho? Estar alienado a estas novidades é garantia de fracasso nos negócios.

Praticidade, conforto e segurança são alguns dos benefícios oferecidos pelas lojas virtuais que contribuem para o aumento constante das compras pela internet. Tudo isso agregado a uma boa oferta, se torna irresistível para qualquer consumidor.

Cientes deste novo perfil de clientes, os varejistas abusam da criatividade e inovação, e atraem cada vez mais compradores por meio das mídias sociais. Sorteios, brindes, ofertas exclusivas e cupons de descontos são algumas das tentações que atiçam os consumidores ativos, que são disputados a cada clique.

Para se ter uma ideia da importância das promoções e cupons de descontos, cerca de 70% das pessoas abandonam o carrinho de compra. Sendo que desse percentual, 27% delas abandonaram por não encontrarem um cupom de desconto.

Ou seja, os consumidores sempre procuram algum benefício extra na compra, como abatimento no preço ou frete grátis.
Há também aqueles que  priorizam as redes sociais populares como o Twitter e o Facebook e oferecem conteúdo exclusivo de promoções e ofertas, além de grandes sorteios para seguidores e fiéis aos estabelecimentos.

Preços mais baixos e ofertas relâmpago são anunciados constantemente. Tudo de forma rápida e dinâmica, como a velocidade da web. O feedback direto com estabelecimentos também é um benefício que o consumidor moderno usufrui com esta batalha nas mídias sociais. Com isso, as  manifestações negativas ou positivas ganham cada vez mais importância dentro das redes de varejo.

Antenados nas mídias sociais mais populares do Brasil, como Twitter, Orkut e Facebook, milhões de usuários e consumidores se deleitam com as novas formas de varejo. As novidades não param de surgir e o mercado promete agradar ainda mais clientes de todos os gostos e bolsos.

Pedro Eugênio (Sócio fundador do Busca Descontos)

16 de nov. de 2010

Nós não nos informamos sobre os políticos que escolhemos

Brasileiro deve se preocupar com gasto público assim como faz com renda pessoal

SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela UNB (Universidade de Brasília) revelou o desinteresse do brasileiro em fiscalizar o gasto público na política, característica contrária quando o assunto abordado é o próprio dinheiro.

De autoria do economista José Jorge Gabriel, o estudo analisou 108 eleições estaduais no País e traçou um comparativo com o desempenho do desemprego, PIB, pobreza, saneamento e segurança dos anos eleitorais de 1994, 1998, 2002 e 2006.

Segundo ele, os brasileiros não se informam sobre os políticos que escolhem, além de cometerem erros de avaliação quanto às ações desempenhadas por cada um dos mandatários.

“Muitas vezes, o eleitorado não sabe dar o crédito da ação à pessoa pública ou gestão responsável”, afirma. Acontece que políticos locais tendem a se beneficiar das taxas de crescimento do País, o chamado “Efeito Carona”. Com isso, esclarece, eles têm mais chances de reeleição, mesmo sem responsabilidade direta pelas melhorias concretizadas.

Gabriel destaca que se os eleitores se informassem da mesma maneira que fazem com relação ao uso do dinheiro, a situação política no País poderia ser diferente.

Resultados
Na prática, esses fatores observados pela pesquisa não estimulam o desenvolvimento da democracia, o que corrobora com o desperdício dos recursos públicos.

“Para o bom funcionamento da democracia é preciso que o eleitorado se informe mais, especialmente sobre a economia e política do País”, finaliza Gabriel.

16/11/10 | 13h33

25 de out. de 2010

O importante é reconhecê-los e ter uma ação preventiva

Erros do líder podem prejudicar a equipe, mas dá para minimizar seus efeitos

Equívocos custam caro e podem macular a imagem dos líderes. O primeiro passo para reverter a situação é assumir o erro

Como diz o ditado, errar é humano. No mundo corporativo, porém, erros custam caro para as empresas. Embora elas tenham de conviver com eles, o importante para as companhias é tentar revertê-los ou minimizar os efeitos que eles provocam na conta final.

Para os líderes, mais que causar prejuízos, certos erros podem provocar danos muitas vezes irreversíveis para a imagem. Mas não precisa ser sempre assim. Assumir que tomou a decisão errada ou adotou uma postura equivocada é o primeiro passo para conseguir lidar com os próprios erros, não prejudicar o desenvolvimento da carreira e o desempenho da equipe.

“Esse líder deve mostrar que é responsável por essas decisões”, afirma o headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Weider Silva. “O líder que não assume os seus erros, que se isenta, tem de pensar se está de fato preparado para ser um líder”, completa o CEO do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Antonio Carminhato.

Para cada erro, um acerto

Os gestores podem cometer erros comportamentais, de conduta, ou equívocos técnicos, relacionados a tomadas de decisão não muito acertadas. Reconhecê-los, apenas, não é suficiente, na avaliação de Silva. “Isso seria uma atitude passiva”, diz. Independentemente da natureza do erro, o mais importante é avaliá-lo, principalmente se o erro foi técnico.

Para o headhunter, toda decisão tem um risco. “Quanto mais informação você tem, menor o risco. E o líder deve se munir de muita informação antes de decidir”, reforça. Ainda assim, erros podem acontecer. Nesses casos, explica Silva, é preciso identificar a informação que faltou ou aquela que gerou o equívoco. “O líder deve identificar os motivos que o levaram a tomar aquela decisão”, reforça.

E, mesmo se essa decisão foi acertada em conjunto, o líder deve reportar para si a responsabilidade. “Mesmo que o erro seja do seu subordinado ou que não tenha partido apenas dele, o líder é o responsável. Ele não é corresponsável. Ele é o responsável pelo trabalho da equipe”, reforça Carminhato.

A partir do momento em que o líder assume o equívoco, ele deve apresentá-lo à equipe para que a solução seja encontrada em conjunto. “Erros são inerentes às atividades gerenciais”, lembra Carminhato. “O importante é que a soma dos acertos seja expressivamente maior que a dos erros”.

Pensar sobre si mesmo

Quando o erro é de comportamento, os prejuízos à equipe são mais diretos. Não são raros líderes que tratam com desdém alguns profissionais ou privilegiam outros ou mesmo humilham a equipe inteira. Nesses casos, se as consequências não chegarem a um grau que deva ser reportado a alguém que está acima desse gestor, ainda é possível reverter essa situação e impedir que a imagem desse líder seja maculada.

Silva, da De Bernt, cita a falha de comunicação transparente, a ausência de feedback, o retorno apenas negativo e tardio, e a falta de atenção com relação ao desempenho da equipe como os principais erros de comportamento dos líderes. Para ele, essas falhas podem prejudicar o resultado final das atividades da equipe.

De maneira geral, esses líderes não percebem essas falhas. Caberá a alguém de fora apontar a ele que esse tipo de conduta pode estar sendo prejudicial. “Ele deve avaliar o grau das consequências daquilo que ele fez”, avalia Carminhato, do Grupo Soma. “Se ele identificou essa falha, ele deve primeiro refletir sobre isso. E ele vai ter de discutir isso com alguém”, afirma Silva. “Acima de tudo, o líder deve tratar as pessoas sempre com respeito”, completa.

A partir daí é mudar de comportamento. Para os especialistas, o que vale é essa mudança. “O discurso, às vezes, é bonito, mas não tem efeito”, avalia Silva. Por isso, na avaliação do headhunter, nesses casos, não é preciso reunir a equipe. Exceto caso ele tenha sido desrespeitoso com todo mundo. “Se ele desrespeitou a equipe de forma coletiva, ele vai ter de tomar outro tipo de atitude”, avalia Carminhato.

Superando o erro

A conversa franca e a mudança de comportamento ajudam o líder a evitar prejuízos. “Se o líder tem uma postura de se responsabilizar, o time vai vê-lo com bons olhos”, avalia Silva. “Mas se ele transfere essa responsabilidade, a posição dele como líder fica muito enfraquecida. E as pessoas não vão confiar mais nele”, conclui.

Camila F. de Mendonça, InfoMoney | 25/10/2010 | 00h07

23 de set. de 2010

O Jovem e o consumo político

Como pensam os jovens consumidores

Estudo traça o perfil de consumo de moradores do Rio e de São Paulo, entre 16 e 25 anos

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing | 23/09/2010



A maioria dos jovens brasileiros está satisfeita com a relação de consumo que tem com produtos e serviços. Segundo o estudo “O Jovem e o consumo político”, 77% nunca se sentiram desrespeitados enquanto consumidores. De acordo com o levantamento, 84% dos entrevistados jamais fizeram reclamações exigindo seus direitos e 97% nunca abriram uma ação de reivindicação contra alguma empresa. Dos 402 entrevistados, 52% se consideram informados sobre os direitos do consumidor. No entanto, 62% afirmaram não conhecer o Código de Defesa do Consumidor.
Foram entrevistados moradores do Rio de Janeiro e de São Paulo, com idades de 16 a 25 anos, sendo a maioria de 20 anos, e com renda média de R$ 998,00. O material ressaltou a importância dos clientes se informarem sobre as empresas dos produtos consumidos. Sessenta por cento disseram que o cidadão tem a responsabilidade pessoal sobre as escolhas de produtos e serviços, contra 12% que discordam da afirmação.
Sessenta por cento dos jovens também acreditam que o consumidor pode influenciar a sociedade mudando produtos e empresas que não estão preocupados com questões ambientais, éticas e sociais. Entretanto, 38% dos pesquisados afirmaram não ler os rótulos dos produtos.
  brasileirosJovens se consideram bem informados
Dos 62% que disseram observar as embalagens, a principal informação, considerada por 92,8% dos jovens, é a validade. A marca vem apenas em segundo lugar, com 51,8%, seguida pela composição (47,4%). “É importante lembrar que quando falamos sobre alimentação alguns elementos sobressaem mais do que quando estamos abordando roupas, por exemplo”, aponta Lívia Barbosa (foto), Diretora do Centro de Altos Estudos da ESPM, durante o 5º Encontro Nacional de Estudos do Consumo, no Rio de Janeiro.
Os jovens também se consideram bem informados. Quando questionados sobre áreas que conhecem acima da média, o primeiro assunto é o esporte (42%), seguido por música (31%), moda (18%) e cinema (12%). Política e meio ambiente são temas que despertam pouco interesse nesses consumidores, com 6% e 5%, respectivamente.
A TV aberta continua sendo a principal fonte de informação desses jovens. Depois aparecem a internet e os colegas e amigos, citados espontaneamente pelos entrevistados. “A percepção desse jovem de que está bem informado está relacionada especificamente às áreas de lazer e entretenimento”, explica Lívia.
Brasileiros não se interessam por política
O baixo nível de interesse desses consumidores pela política também se manifesta no consumo, mostrando-se pouco engajados quando o assunto é aprofundar-se em relação aos produtos. A maioria deles (76%) interage frequentemente com o que a internet oferece e 60% têm algum tipo de perfil nas redes sociais. A web, no entanto, ainda é usada para pesquisa de preço por grande parte dos internautas. “A maioria não utiliza a ferramenta para avaliar a qualidade dos produtos a serem adquiridos”, explica a especialista.
Esses jovens também não demonstram iniciativa – contra ou a favor – em relação às marcas. A maioria esmagadora (96%) nunca participou de um boicote a um produto ou uma empresa. O mesmo acontece quando indagados sobre um “buycott”. Oitenta e um por cento disseram nunca ter comprado um produto com a intenção de premiar uma empresa que julga virtuosa do ponto de vista ambiental ou em relação à qualidade, por exemplo.
Grande parte dos pesquisados (86%) desconhece o significado do termo comércio justo, um dos pilares da sustentabilidade, que busca a formação de preços justos e padrões sócio-ambientais equilibrados nas cadeias produtivas. Daqueles que disseram não conhecer o conceito, 44% optaram pela alternativa errada (“comércio regulado pela organização mundial do comércio”).
Quase a metade (51%), no entanto, afirmou ter comprado algum produto do comércio justo, enquanto, no geral, 34% disseram comprar produtos verdes. “São Paulo tem um comportamento expressivamente diferente, 45% dizem ter consumido produtos orgânicos”, diz Lívia.


30 de ago. de 2010

O celular como ferramenta de compras é viável no Brasil? Bem, no mercado da terra do Tio Sam.

15% dos consumidores americanos já realizam compras por aparelhos móveis

De acordo com estudo da Stearling Commerce, mais de 60% dos entrevistados consideram importante a possibilidade de utilizar o celular durante a compra para verificar a disponibilidade de um produto.

A Sterling Commerce, subsidiária da AT&T e Demandware, divulgou uma pesquisa que examinou preferências e atitudes de consumo relacionadas com compras feitas usando aparelhos equipados com recursos de mobilidade. Como resultado, o estudo determinou que os consumidores cada vez mais recorrem ao uso dos aparelhos móveis para que suas compras feitas nas lojas sejam mais completas.

De acordo com a pesquisa, realizada com 3,6 mil consumidores americanos, revela que 15% do total já utilizaram aparelhos móveis para fazer compras. Embora praticamente todos (96,2%) os consumidores entrevistados possuam um celular, somente um pouco menos da metade tinha um smartphone.

Mais de 60% dos entrevistados acham que é importante a possibilidade de utilizar o celular durante a compra para verificar a disponibilidade de um produto, em uma determinada loja; Além disso, 20% dos consumidores usam o celular para criar listas ou cestas de compras e um número ligeiramente superior a este estaria interessado em um aplicativo específico para o celular que pudesse ajudá-los a administrar suas listas ou cesta de compras em suas lojas favoritas.

“Os atuais consumidores estão transformando a experiência de compra com seus celulares e os varejistas que não desmembrarem seus canais ficarão impossibilitados de acompanhar o mercado”, disse Jim Bengier, executivo da área global de varejo na Sterling Commerce.

“A ordem agora para o varejo não é mais apenas criar um canal móvel e oferecer a consumidores um número maior de opções, mas também achar formas inovadoras de alavancar a mobilidade para influenciar o comportamento de compra dos consumidores, integrando todos os canais de venda”, disse Jamus Driscoll, vice-presidente de marketing na Demandware.

As demais conclusões da pesquisa continuam destacando as preocupações dos consumidores com segurança e facilidade de uso de seus aparelhos móveis. Para eles, a falta de conectividade com a internet, lentidão na interação com websites e dificuldades como inserir informações em teclados pequenos são os maiores obstáculos.

30/08/2010



12 de ago. de 2010

Quem são esses novos avós?

Terceira idade muda hábitos de consumo


Eles vão ao shopping, mudam de marca e estão mais ligados em tecnologia


Eles dispõem de tempo para se dedicar às compras, vão ao supermercado pelo menos cinco vezes por semana e, segundo pesquisa feita pela GFK, possuem potencial de consumo de R$ 7,5 bilhões, o dobro da média nacional. Mesmo com todas essas características, os consumidores da terceira idade ainda passam despercebidos diante dos olhos do mercado, que não costuma traçar estratégias específicas para atrair esse perfil que, ao contrário do que se pensa, não é nada conservador em seus hábitos de consumo.

O Brasil conta hoje com 19 milhões de idosos, faixa etária que mais cresce no país, segundo pesquisa realizada em 2009 pelo IBGE. Eles despontam como um novo filão para empresas de produtos e serviços, pois 80% desse grupo recebe aposentadorias e pensões, além de ter obtido uma melhoria de renda nos últimos 10 anos. O perfil do idoso brasileiro mostra que ele está mais planejado em relação às compras. Pesquisa do Datafolha publicada em 2008 revela que 72% dos idosos saem de casa todos os dias. Além disso, eles sempre pedem uma segunda opinião antes de escolher determinado produto. 

“Muitos dados vêm mostrando que o idoso de todas as classes está com um maior poder de compra, além de querer aproveitar mais a vida. Isso se vê principalmente nas classes mais abastadas. A indústria automobilística, por exemplo, tem notado esse crescimento e investiu em profissionais treinados para atender esses clientes”, conta Gilberto Cavicchioli, professor do Núcleo de Gestão de Pessoas da ESPM, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O segredo está no acompanhante
O mercado de cosméticos, o setor bancário e as instituições de ensino já começam a ver um mercado promissor no público acima dos 65 anos. Tanto que estão investindo mais nos pontos-de-venda e nos programas de fidelização, pois sabem que os idosos gostam de ser reconhecidos como bons clientes.

Na hora de comprar, muitos deles não escolhem sozinhos o que vão colocar na sacola. Por isso, é preciso, de acordo com especialista da ESPM, traçar uma estratégia que inclua nas ações de marketing aqueles que influenciam na tomada de decisão. “O idoso não é esbanjador e, em geral, gosta de companhia. É preciso identificar quem o acompanha no momento da escolha do produto e incluí-lo no planejamento da ação. Muitas vezes é o amigo, neto ou filho, por exemplo, quem vai diz se ele deve ou não levar o produto, diz Cavicchioli.

Mas é preciso tomar cuidado na abordagem. A aproximação de venda deve valorizar o produto ou serviço que priorize sua liberdade. É importante que a loja entenda a terceira idade no contato visual. “O banco é um acontecimento importante na rotina do idoso. Ele gosta de estar inserido na modernidade, embora ainda tenha certo temor. O lazer, muitas vezes, é sair para realizar serviços cotidianos como o pagamento de contas e compras no supermercado. Mas para lançar estratégias para esse público é preciso levar em consideração algumas especificidades. Não é ressaltando suas deficiências que uma marca vai conseguir conquistá-lo”, ressalta o pesquisador.

Internet muda perfil
Os números divulgados pela Datafolha em 2008 mostram que apenas 5% dos idosos têm acesso a internet no Brasil. Entretanto, a rede mundial de computadores tem sido responsável por uma mudança no ponto de vista dessa classe. O consenso de lealdade às marcas que antes era atribuído a essa faixa etária vem se quebrando ao longo do tempo, embora grande parte da população acima dos 65 anos ainda mantenha preferência por determinados produtos. O que se vê é que quanto mais acesso à informação tem o idoso, mais aberto ele se torna a novas experiências.
“Os que se informam mais estão mais dispostos a mudanças. Conhecer as necessidades deste público é a peça chave para uma iniciativa mercadológica eficaz”, analisa Claudio Felisoni, especialista em comportamento de consumo da Fia, em entrevista ao site, ressaltando que a expectativa de vida desse segmento subiu de 63 anos na década de 80 para 72 anos. Hoje, eles já representam 20% da população economicamente ativa.

O Programa de Administração e Varejo (Provar) da Fundação Instituto de Administração (Fia) e a Canal Varejo levantaram dados sobre essa mudança de comportamento. A pesquisa Perfil e Hábitos de Consumo na Terceira Idade, atualizada no último ano, ouviu 500 paulistanos de cinco diferentes regiões da cidade e comprovou que 54% dos entrevistados admitiram experimentar novas marcas. Além disso, 20% desses idosos associaram as compras a uma atividade de lazer. 

Personagens fora do comum
“Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o fato de os idosos não estarem mais tão conservadores. Além disso, o mercado está, pouco a pouco, percebendo o grande potencial de consumo desse grupo etário, que também é um agente modificador. As filas preferenciais nos bancos, os pacotes de turismo especializados para a terceira idade são um sinal de que o comércio em geral já está começando a ver os idosos com outros olhos”, conta o especialista da FIA.

A aposentada Maria Alice Botelho, de 62 anos, se encaixa no perfil pesquisado pela instituição paulistana. Ela vai ao supermercado pelo menos seis vezes na semana e revela que sempre procura experimentar novas marcas. Além disso, é frequentadora assídua de shopping centers, que ela afirma ser uma boa distração para os momentos de ócio.

“Minha ocupação hoje em dia é passear e curtir a vida porque eu já trabalhei muito. Venho ao shopping com certa frequência, não só para comprar roupas, calçados e livros como também para me distrair, ver pessoas. Ele é um ponto de referência pra mim. Minha última compra foi um par de sapatos para minha sobrinha. Ele estava com um ótimo preço e quem comprasse dois ganhava desconto. Acabei levando um para mim”, resume a aposentada, em entrevista ao Mundo do Marketing. 

Já Nelson Pereira garante que 70% das funções que realiza hoje em dia estão relacionadas a operações bancárias e que geralmente usa os bancos de shopping centers por achar mais cômodos e seguros. Mas o aposentado de 70 anos confessa que, entre o pagamento de uma conta e outra, sempre confere os lançamentos das livrarias, além de ver as vitrines das lojas de produtos eletrônicos.

“Gosto muito de livros e também tenho interesse em tecnologia. Mas a gente acaba não tendo tempo para aprender tanta coisa nova que aparece por aí em termos de eletrônicos. O nosso HD já está meio ocupado com filhos e netos”, resume o engenheiro químico.

Gabriella Coutinho | 01/03/2010

26 de jul. de 2010

Um mundo em busca de composição

Tendências de consumo. Conheça 7 perfis

Observatório de Tendências da Ipsos detalha o comportamento das pessoas

Detectar e entender as aspirações humanas da sociedade pós-moderna e como essas motivações e desejos se refletem nos rituais de consumo não é tarefa fácil. O Observatório de Tendências Ipsos capta as tendências de consumo nas principais capitais do mundo, identifica e analisa movimentos e fenômenos observados em nível macroeconômico, político e social e seus reflexos no consumo, no comportamento, nas manifestações culturais, na arquitetura e na propaganda.

Publicamos a seguir os sete perfis de consumo elencados pela empresa de pesquisa na íntegra. “As sete tendências revelam um mundo em busca de composição”, aponta Clotilde Perez, Coordenadora Geral do Observatório. Esta composição passa por um eixo formado por ambiguidade, leveza, sonsoralidade, por um mundo edulcorado e reticular.

1. Go Bubbles
Tudo ao mesmo tempo e agora: a ideia quase mágica tornou-se uma condição para quem quisesse pertencer ao mundo globalizado. A ausência de limites tinha sua contraposição: se por um lado o indivíduo dispunha da possibilidade de acesso praticamente irrestrito às informações e contatos, por outro, ele também tinha que estar disponível e atento a tudo para poder acompanhar esse novo ritmo. Logo os efeitos colaterais começaram a ser percebidos. A percepção de excesso, a sensação de sobrecarga dava sinais desde as primeiras ondas do Observatório.

Hoje não há mais ambivalência: “o mundo é assim”. Ninguém mais se pergunta se é bom ou ruim ter internet, ter acesso à tecnologia... São as consequências do convívio com a primeira geração de nativos digitais!

Como a globalização e a vida sem fronteiras não foram alcançadas, o mood agora é considerar o mundo, mas não é necessário estar lá... O tempo agorista ainda é um valor. Mas a aldeia global adquiriu dimensões mais modestas, ainda que múltiplas. Estar “conectado” não significa, necessariamente, estar ligado a tudo o que acontece no mundo o tempo todo. Filtrar, selecionar e bloquear informações possibilitou limites. Conexão, interatividade, multiplicidade estão mais voltadas aos microcosmos, e são assim melhor administradas. Estas são as principais marcas da Tendência Go Bubbles “conexão no microcosmos”.

2. HiperSense
O desejo pela intensidade, surpreender e ser surpreendido, arriscar-se, ousar, sair do lugar comum, fazer algo diferente – peculiaridades tipicamente humanas – foram aguçadas pelos efeitos de massificação e da pouca diferenciação da era global.

Desde as primeiras ondas deste Observatório foram observadas diferentes formas de buscar uma emoção mais intensa: do desafio físico, que fazia subir a adrenalina nos esportes radicais, passando pelo exibicionismo, pelo voyeurismo, até a invasão do fetichismo.

Essas manifestações continuam, mas surgiram formas mais elaboradas de se fazer notar e de sentir. Muitas vezes associadas a mensagens edificantes: minar preconceitos, atenuar tabus, manifestar uma ideia... A ênfase agora está em despertar os sentidos de maneira inusitada, ilusionar, misturar, sobrepor os sentidos. Estas são as marcas da Tendência HiperSense “maximização dos sentidos”.

3. Venus Fever
A discussão sobre os papeis sociais tradicionais do homem e da mulher já não ocupa mais destaque. Nota-se que a questão saiu do debate público e está mais evidente no âmbito privativo – cada um se acerta com seus pares. Nas ondas anteriores, a mulher estava mais presa aos poderes que conquistou, enquanto o homem aparecia mais perdido, sem um papel muito definido. Estavam todos carentes de modelos. Neste momento fica evidente que há certa parceria e flexibilidade.

Um caminho sem volta. A mulher não será mais a antiga “Amélia” e não se sente mais tão ameaçada pela perda de suas conquistas. Pode transitar mais naturalmente entre possibilidades: ora ocupando uma posição de mais liderança, ora compartilhando, sentindo-se frágil e pedindo proteção, ou até mesmo servindo ao marido e aos filhos. Da mesma forma, o homem é também mais livre para circular: mais sensível, vulnerável, parceiro e também pode ser mais viril, rústico...

Hoje, é a ideia de “compor” está no centro das atenções. O caricato, em qualquer sentido que seja, não tem mais espaço. Estas são características da tendência Venus Fever “He, she, it: a composição como possibilidade”.

4. Living Well
Bem estar é o foco da tendência Living Well. Na onda anterior já observávamos a diminuição das cobranças e estávamos mais livres das exigências sociais, o que deu o tom do “bem estar possível”, com forte conexão extra-corpus.

Agora identificamos duas vertentes a partir de um conflito: Finitude ou Longevidade? “Tem que ser hoje, porque pode acabar amanhã. E tem que ser todo dia, porque pode durar 90 anos”. Diante dessa dicotomia evidenciamos por um lado forte valorização do momento presente. Cuidar de si é mais possível do que cuidar do planeta ou dos problemas de ordem mundial. Por outro lado, evidencia-se mais preocupação com o futuro, com manifestações de generosidade, de dedicação aos outros, de ajudar, contribuir... Afinal vamos viver muito... A linguagem edulcorada e a generosidade são algumas das marcas da Tendência Living Well “bem estar necessário”.

5. ID Quest
Nas ondas anteriores do Observatório, a tendência ID Quest revelava uma maior valorização da memória afetiva, dos registros pessoais e da busca por proteção nas redes de segurança tradicionais. Na atualidade ID Quest tem importante destaque: buscar as raízes para saber quem eu sou – e eu sou um mosaico.

Amigos pessoais são mais valorizados, mesmo que o contato com eles seja mais virtual do que físico. Momento de crise financeira também intensifica a necessidade de contatos mais sólidos e verdadeiros do que a ampla gama de desconhecidos. Sente-se também certo remorso, culpa por ter se distanciado durante certo tempo dos laços afetivos mais reais.

São evidentes manifestações claras de busca afetiva, como design de época, objetos do passado, colecionismo em alta, remakes de filmes e peças de sucesso, renascimento das mascotes de marca e criação de novas, valorização das histórias de vida, os pets e a sedução pela eternidade. Tudo em busca de uma relação mais emocional e mais afetiva como possibilidade de constituição da própria identidade, ainda que esta identidade se forme na composição.

É preciso respeitar o mosaico de si mesmo, privilegiar cada pedacinho de si. Essas são algumas das características da Tendência ID Quest “patchwork identitário”.

6. My Way
A tendência My Way apresentava-se em ascensão na onda anterior: a indústria a serviço da customização com possibilidades cada vez mais fáceis e acessíveis de se diferenciar; a indústria favorecendo a customização. Agora o foco passou a ser no indivíduo e em tudo que lhe agrada e singulariza. Não queremos apenas personalizar: somos autores-atores prontos para performar.

Agora, as manifestações de individualidade estão também expressas na relação com o outro, na co-autoria, nos processos de co-criation, na colaboração. O exercício da criatividade está na capacidade de transitar por vários estilos, atitudes e comportamentos. Ser único e ser múltiplo é o tom de My Way, “protagonismo e criatividade”.

7. Know Your Rights
É a mais atual das tendências. Vem crescendo em cada onda do Observatório. Alicerçada no paradigma contemporâneo “consumir é existir”, com ramificações para o consumo crítico, ético e sofisticado, esta tendência agora dá sinais de fusão entre os eixos “crítico” e “ético”: repudia-se tanto o excesso do capitalismo e das grandes corporações, quanto a forma de produção. E também não basta aderir a produtos éticos se o consumo for excessivo.

Ética e estética aglutinam-se: “é feio jogar papel no chão”. Festa do consumo responsável, dia sem compras, loja gratuita, são exemplos claros dessas misturas. As manifestações de insatisfação, repúdio e até vingança contra organizações e marcas proliferam-se na rede.

Na vertente da sofisticação do consumo, notamos sinais do surgimento de novos significados para luxo: momento de mais moderação e controle e atenção ao que se mostra. A ideia de excessos pode comprometer a imagem pessoal. Marcas de luxo voltam-se para o core business em busca de segurança e manutenção das vendas. Estas são algumas das evidências de Know Your Rights “Consumidores complexos e críticos”.

Bruno Mello | 21/06/2010