Quer mais felicidade no trabalho? Decida-se por ela
A infelicidade acontece quando entramos num processo de letargia, isto é, não agindo para resolver o que tem que ser resolvido
Por Ricardo Piovan
Legalmente, segunda, terça e quarta-feira não são considerados feriados nacionais; aumentar envolvimento dos funcionários com projetos pode evitar desmotivação nesse período.
Apesar de institucionalizado na cabeça de todos os brasileiros, os dias de Carnaval (7 a 9 de março neste ano), que caem na segunda, terça e quarta-feira, não são considerados feriados nacionais pela legislação brasileira. “Essas datas são dias normais, se não há nenhum tipo de acordo entre o empresário e seus funcionários esses dias são de trabalho”, afirma Luiz Afrânio de Araújo, advogado trabalhista do escritório Veirano Advogados. “A empresa tem direito de advertir o funcionário que faltar sem justificativa se a folga não foi combinada previamente.”
Muitas empresas, porém, acabam seguindo o costume de fechar as portas durante as festividades dessa época. Mas para alguns negócios, como pousadas turísticas e lojas de shopping, isso não é uma opção. Nesses casos, há alternativas para contornar a desmotivação dos funcionários. “Uma delas é sempre envolvê-los com os projetos da empresa, fazer com que eles achem importante estar presentes”, explica Sumara Jurdis, especialista em motivação e comportamento.
O mais importante nessa questão, afirma Sumara, é deixar a presença ou a folga dos funcionários acordada com antecedência e manter uma comunicação clara. “Tudo o que já tiver sido acordado com antecedência não
leva a uma desmotivação, porque isso já era de conhecimento do funcionário, expectativas não são geradas”, afirma. “Mas com certeza a empresa vai passar uma imagem de desleal se por acaso prometer os dias de folga e voltar atrás.”
Quem nunca se pegou navegando pelo twitter de um estabelecimento a procura de um descontinho? Estar alienado a estas novidades é garantia de fracasso nos negócios.
Praticidade, conforto e segurança são alguns dos benefícios oferecidos pelas lojas virtuais que contribuem para o aumento constante das compras pela internet. Tudo isso agregado a uma boa oferta, se torna irresistível para qualquer consumidor.
Cientes deste novo perfil de clientes, os varejistas abusam da criatividade e inovação, e atraem cada vez mais compradores por meio das mídias sociais. Sorteios, brindes, ofertas exclusivas e cupons de descontos são algumas das tentações que atiçam os consumidores ativos, que são disputados a cada clique.
Para se ter uma ideia da importância das promoções e cupons de descontos, cerca de 70% das pessoas abandonam o carrinho de compra. Sendo que desse percentual, 27% delas abandonaram por não encontrarem um cupom de desconto.
Ou seja, os consumidores sempre procuram algum benefício extra na compra, como abatimento no preço ou frete grátis.
Há também aqueles que priorizam as redes sociais populares como o Twitter e o Facebook e oferecem conteúdo exclusivo de promoções e ofertas, além de grandes sorteios para seguidores e fiéis aos estabelecimentos.
Preços mais baixos e ofertas relâmpago são anunciados constantemente. Tudo de forma rápida e dinâmica, como a velocidade da web. O feedback direto com estabelecimentos também é um benefício que o consumidor moderno usufrui com esta batalha nas mídias sociais. Com isso, as manifestações negativas ou positivas ganham cada vez mais importância dentro das redes de varejo.
Antenados nas mídias sociais mais populares do Brasil, como Twitter, Orkut e Facebook, milhões de usuários e consumidores se deleitam com as novas formas de varejo. As novidades não param de surgir e o mercado promete agradar ainda mais clientes de todos os gostos e bolsos.
Pedro Eugênio (Sócio fundador do Busca Descontos)
Brasileiro deve se preocupar com gasto público assim como faz com renda pessoal
SÃO PAULO – Pesquisa realizada pela UNB (Universidade de Brasília) revelou o desinteresse do brasileiro em fiscalizar o gasto público na política, característica contrária quando o assunto abordado é o próprio dinheiro.
De autoria do economista José Jorge Gabriel, o estudo analisou 108 eleições estaduais no País e traçou um comparativo com o desempenho do desemprego, PIB, pobreza, saneamento e segurança dos anos eleitorais de 1994, 1998, 2002 e 2006.
Segundo ele, os brasileiros não se informam sobre os políticos que escolhem, além de cometerem erros de avaliação quanto às ações desempenhadas por cada um dos mandatários.
“Muitas vezes, o eleitorado não sabe dar o crédito da ação à pessoa pública ou gestão responsável”, afirma. Acontece que políticos locais tendem a se beneficiar das taxas de crescimento do País, o chamado “Efeito Carona”. Com isso, esclarece, eles têm mais chances de reeleição, mesmo sem responsabilidade direta pelas melhorias concretizadas.
Gabriel destaca que se os eleitores se informassem da mesma maneira que fazem com relação ao uso do dinheiro, a situação política no País poderia ser diferente.
Resultados
Na prática, esses fatores observados pela pesquisa não estimulam o desenvolvimento da democracia, o que corrobora com o desperdício dos recursos públicos.
“Para o bom funcionamento da democracia é preciso que o eleitorado se informe mais, especialmente sobre a economia e política do País”, finaliza Gabriel.
16/11/10 | 13h33
Equívocos custam caro e podem macular a imagem dos líderes. O primeiro passo para reverter a situação é assumir o erro
Como diz o ditado, errar é humano. No mundo corporativo, porém, erros custam caro para as empresas. Embora elas tenham de conviver com eles, o importante para as companhias é tentar revertê-los ou minimizar os efeitos que eles provocam na conta final.
Para os líderes, mais que causar prejuízos, certos erros podem provocar danos muitas vezes irreversíveis para a imagem. Mas não precisa ser sempre assim. Assumir que tomou a decisão errada ou adotou uma postura equivocada é o primeiro passo para conseguir lidar com os próprios erros, não prejudicar o desenvolvimento da carreira e o desempenho da equipe.
“Esse líder deve mostrar que é responsável por essas decisões”, afirma o headhunter da De Bernt Entschev Human Capital, Weider Silva. “O líder que não assume os seus erros, que se isenta, tem de pensar se está de fato preparado para ser um líder”, completa o CEO do Grupo Soma Desenvolvimento Corporativo, Antonio Carminhato.
Para cada erro, um acerto
Os gestores podem cometer erros comportamentais, de conduta, ou equívocos técnicos, relacionados a tomadas de decisão não muito acertadas. Reconhecê-los, apenas, não é suficiente, na avaliação de Silva. “Isso seria uma atitude passiva”, diz. Independentemente da natureza do erro, o mais importante é avaliá-lo, principalmente se o erro foi técnico.
Para o headhunter, toda decisão tem um risco. “Quanto mais informação você tem, menor o risco. E o líder deve se munir de muita informação antes de decidir”, reforça. Ainda assim, erros podem acontecer. Nesses casos, explica Silva, é preciso identificar a informação que faltou ou aquela que gerou o equívoco. “O líder deve identificar os motivos que o levaram a tomar aquela decisão”, reforça.
E, mesmo se essa decisão foi acertada em conjunto, o líder deve reportar para si a responsabilidade. “Mesmo que o erro seja do seu subordinado ou que não tenha partido apenas dele, o líder é o responsável. Ele não é corresponsável. Ele é o responsável pelo trabalho da equipe”, reforça Carminhato.
A partir do momento em que o líder assume o equívoco, ele deve apresentá-lo à equipe para que a solução seja encontrada em conjunto. “Erros são inerentes às atividades gerenciais”, lembra Carminhato. “O importante é que a soma dos acertos seja expressivamente maior que a dos erros”.
Pensar sobre si mesmo
Quando o erro é de comportamento, os prejuízos à equipe são mais diretos. Não são raros líderes que tratam com desdém alguns profissionais ou privilegiam outros ou mesmo humilham a equipe inteira. Nesses casos, se as consequências não chegarem a um grau que deva ser reportado a alguém que está acima desse gestor, ainda é possível reverter essa situação e impedir que a imagem desse líder seja maculada.
Silva, da De Bernt, cita a falha de comunicação transparente, a ausência de feedback, o retorno apenas negativo e tardio, e a falta de atenção com relação ao desempenho da equipe como os principais erros de comportamento dos líderes. Para ele, essas falhas podem prejudicar o resultado final das atividades da equipe.
De maneira geral, esses líderes não percebem essas falhas. Caberá a alguém de fora apontar a ele que esse tipo de conduta pode estar sendo prejudicial. “Ele deve avaliar o grau das consequências daquilo que ele fez”, avalia Carminhato, do Grupo Soma. “Se ele identificou essa falha, ele deve primeiro refletir sobre isso. E ele vai ter de discutir isso com alguém”, afirma Silva. “Acima de tudo, o líder deve tratar as pessoas sempre com respeito”, completa.
A partir daí é mudar de comportamento. Para os especialistas, o que vale é essa mudança. “O discurso, às vezes, é bonito, mas não tem efeito”, avalia Silva. Por isso, na avaliação do headhunter, nesses casos, não é preciso reunir a equipe. Exceto caso ele tenha sido desrespeitoso com todo mundo. “Se ele desrespeitou a equipe de forma coletiva, ele vai ter de tomar outro tipo de atitude”, avalia Carminhato.
Superando o erro
A conversa franca e a mudança de comportamento ajudam o líder a evitar prejuízos. “Se o líder tem uma postura de se responsabilizar, o time vai vê-lo com bons olhos”, avalia Silva. “Mas se ele transfere essa responsabilidade, a posição dele como líder fica muito enfraquecida. E as pessoas não vão confiar mais nele”, conclui.
Camila F. de Mendonça, InfoMoney | 25/10/2010 | 00h07