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1 de dez. de 2010

Estas companhias têm um inimigo: o terrorismo

Varig, Vasp e Transbrasil dão lições de anti-Marketing

Companhias aéreas perderam mercado e servem como aprendizado para as novas

A aviação civil do Brasil possui três cases de anti-Marketing que podem ajudar as companhias de hoje a não cometerem os mesmos erros. Vasp, Transbrasil e Varig são exemplos de marcas fortes que sucumbiram ao mercado contemporâneo devido à falhas de administração e de estratégia. Única que ainda expõe sua marca no mercado, a Varig sobrevive sob o nome da Gol e ainda desfruta de prestígio por sua trajetória.

Em comum, estas companhias têm um inimigo: o terrorismo. Os ataques às torres gêmeas do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, em Nova York, foram os últimos golpes para as já combalidas empresas do setor aéreo nacional. A Varig hoje realiza os voos internacionais da Gol para a América Latina e Caribe por meio da Comfort, que oferece mais espaço, privacidade e entretenimento para os passageiros.

A empresa foi criada em 1933 e três anos depois já operava entre Rio de Janeiro e São Paulo. Apesar de protagonizar o primeiro acidente aéreo no Brasil – após se chocar com um avião argentino ao decolar do Santos Dumont – a companhia prosperou em 1939 e somou à sua malha a cidade de Santos, no litoral paulista. Trinta anos depois, a Vasp trazia para o Brasil os primeiros Boeings 737-200 e logo em seguida os Airbus.

Caso a caso

Com os negócios bem encaminhados e sem turbulência, a Vasp foi privatizada na década de 1990 e seu presidente iniciou uma estratégia agressiva de expansão. Ao sobrevoar os EUA, a Europa e a Ásia, a companhia não suportou e entrou em queda. “O equilibrio é fundamental para um correto alinhamento entre o que é possível pela ótica do cliente e do mercado e o que é necessário pela ótica do acionista”, comenta Antonio Carlos Morim, Professor de Administração de Negócios da ESPM-RJ, em entrevista ao Mundo do Marketing.

O fim da Vasp foi iniciado em 2004 pelo Departamento de Aviação Civil (DAC), que suspendeu o voo das oito aeronaves disponíveis por motivos de segurança, já que a empresa não cumpria com as exigências de manutenção por falta de verba. A Varig também mergulhou em dívidas a partir da década de 1990. Com a diminuição de voos tanto domésticos como para o exterior, a companhia contraiu uma dívida de mais de R$ 7 bilhões. A saída encontrada pelo governo, em 2003, foi promover a fusão da empresa com a Tam, o que não foi adiante.

Mais adiante, em 2007, a Gol comprou a Varig e passaram a operar os mesmos aviões, balcões de atendimento e até o programa de milhas, o Smiles. De acordo com Claudia Pagnano, Vice-Presidente de Mercado da Gol, a Varig é muito importante dentro da estratégia de negócios da Gol, pois é com ela que a companhia opera voos para Colômbia, Venezuela e República Dominicana, por exemplo.

Varig sobrevive

Com a aquisição da Varig, a Gol passou a ter a maioria dos voos nos aeroportos mais movimentados do Brasil como Congonhas, Santos Dumont, Juscelino Kubitschek, em Brasília e Confins, em Belo Horizonte. Apesar de terem criado marcas fortes, só a Varig segue no mercado e boa parte da “culpa” é o passado da empresa, já que companhia foi a transportadora oficial da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970. “Hoje, a companhia que possui um prestígio parecido é a Tam apesar da Gol-Varig se esforçar. A marca sobreviveu porque as gerações que nela voaram continuam na ativa”, diz Morim.

O que também contribui para o esquecimento destas empresas é a concorrencia. “A Avianca, recém chegada no espaço aéreo brasileiro, já tem aviões modernos, com TV embutida, boa comida e um sorriso nos lábios dos comissários. A marca até sobreviveu, mas minha filha, de 13 anos, se refere à Varig como a empresa antiga que agora se chama Gol”, emenda o professor da ESPM-RJ.

Como tantas histórias de fusão no mercado mundial torna-se sempre um desafio saber o que fazer com a marca adquirida. Manter ou matar? “O boca a boca continuará independente da comunicação. Eu mesmo não tenho sugerido a Varig como um bom transporte aéreo”, aponta Morim. Segundo ele, o mercado de aviação, com os players que tem, não oferece espaço para novas empresas. A forma de comunicar e alavancar fidelidade muda e volta ao interior do avião, com atributos como responsabilidade, empatia e segurança. "Afinal, o que queremos é um bom espaço para as pernas, um bom lanche e pontualidade. Sem esquecer do sorriso amável acompanhado de um ‘volte sempre' ”, completa Morim.

Thiago Terra | 01/12/2010

25 de ago. de 2010

Mordomias X Custo: qual você prefere?

EM NOME DO PREÇO: O IMPACTO DO LOW COST PARA OS CONSUMIDORES


O fato ocorreu no período da erupção do vulcão islandês, mas ainda é um bom exemplo. Na época, a Agência Nacional de Aviação Civil da Itália (Enac), órgão similar à Anac brasileira, multou a empresa aérea Ryanair em três milhões de euros por não prestar assistência aos passageiros durante caos ocorrido nos aeroportos europeus, fechados pela cinza vulcânica. Acomodações e refeições não foram oferecidas àqueles que tiveram seus vôos cancelados, obrigatórios conforme leis locais. A companhia irlandesa tem seus negócios baseados na filosofia low fare, low cost, em suma, oferecer serviços básicos pelo menor preço possível.

Esta estratégia, surgida em meados dos anos 1970 através da congênere americana Southwest Airlines, propagou-se com extrema rapidez pelos diversos continentes. Sua visão, missão, mantra e obsessão, estão no corte de custos, por mais incomuns que possam parecer a princípio.

Em nome de preços baixos, aprendemos a fazer check-in, carregar malas, contorcer-nos em espaços exíguos e degustar barras de cereais. Áureos tempos de mordomias, serviço de bordo, lanches quentes, refeições saborosas, jornais do dia e lenços umedecidos.

Cada vez mais raros, podem ser encontrados nas classes executivas das companhias sobreviventes. Varig, Transbrasil e Vasp, ex-proprietárias da ponte-aérea, sucumbiram-se aos novos tempos de mercado desregulamentado e de baixas tarifas – base da vantagem competitiva de empresas como Gol, Web Jet e mais recentemente, a Azul.

Vejamos como funciona a mentalidade de uma companhia com foco em custos. Ao solicitar que os passageiros façam o check-in, diminuem a quantidade de funcionários necessários nos balcões de atendimento. Oferecer barras de cereais ao invés de refeições quentes reduz os custos logísticos com serviços terceirizados de catering e o peso em vôo, minimizando o consumo de combustível. Solicitar que os passageiros joguem o lixo gerado antes da aterrissagem evita os custos com limpeza e antecipa a próxima decolagem, abreviando o tempo em solo. Avião parado na pista é sinônimo de desperdício.

Completam o cenário, frotas modernas e homogêneas. Aeronaves novas e similares requerem menores custos com manutenção, estoque de peças de reposição e treinamento de pilotos. A Ryanair consegue ir além, cobrando por malas despachadas, comidas e bebidas consumidas a bordo, executando ao extremo sua doutrina. O velho ditado de que \"não existe almoço grátis\" é levado ao pé da letra.

Outro setor que se enveredou por esta estratégia foram os hotéis. Diversas redes ampliaram seu portfólio, criando marcas e soluções econômicas. Em seus saguões é comum ver hóspedes carregando malas, acessando notebooks, comprando refrigerantes em máquinas automáticas e fazendo ligações em telefones públicos. Em seus quartos, instalações espartanas somente com o necessário.

Serviços de quarto, lavanderia, áreas de lazer, piscinas, saunas e monitores podem ser encontrados em catálogos dos hotéis da rede. Conseguem, desta maneira, reduzir gastos com pessoal, manutenção e infraestrutura, principais custos deste tipo de estabelecimento. Aos marinheiros de primeira viagem sugiro cuidado, haja vista que grande parte dos serviços é considerada adicional e não obstante, realizados pelo próprio cliente – acesso à internet, café da manhã, preparo de comidas e bebidas, desde que claro, pagos antecipadamente.

Posicionados corretamente na matriz estratégica de Michael Porter como baixo custo, crescem pela disciplina e foco com que conduzem seus negócios. Oportunidades externas, tais como a crise financeira mundial, o crescimento dos países emergentes e o ingresso de novos usuários têm favorecido este tipo de negócio. Ameaças também existem em todas as direções, podendo às vezes vir de cima, como é o caso do vulcão Eyjafjallajokull.

Basta saber quem irá pagar a conta, afinal a estada em um hotel, mesmo que econômico, poderá custar diversas vezes o valor da passagem. Há o sério risco de o molho custar mais que o prato.

Marcos Morita | 25/08/2010 | 7h
O autor é mestre em Administração e consultor de negócios.



2 de ago. de 2010

A estrela que brilhava, anda meio apagada.

Lucro líquido da Embraer recua 78,6% no 2º trimestre

Lucro por ação da fabricante de aeronaves ficou
em R$ 0,14053 no segundo trimestre
A Embraer divulgou os resultados referentes ao segundo trimestre nesta segunda-feira (2) e reportou recuo de 78,6% no lucro líquido do segundo trimestre, que alcançou os R$ 101,7 milhões.

No mesmo intervalo do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 475,3 milhões.

Segundo a empresa, os resultados foram negativamente impactados pela contabilização de impostos diferidos devido ao efeito da variação cambial sobre os ativos não monetários.

O lucro por ação no segundo trimestre ficou em R$ 0,14053, ante os R$ 0,65680 verificados no mesmo semestre do ano anterior.

A Embraer entregou 69 aeronaves entre abril e junho de 2010, sendo 29 jatos comerciais e 40 executivos, gerando uma receita líquida de R$ 2,435 milhões no período.

O lucro antes de impostos, juros e amortização (Ebitda) somou R$ 297,7 milhões no segundo trimestre deste ano, valor inferior aos R$ 532 milhões contabilizados no mesmo intervalo de 2009.

A receita líquida da companhia também teve redução, passando de R$ 3,027 bilhões no intervalo de 2009 para R$ 2,435 bilhões no período abril-junho deste ano.

Ao final do segundo trimestre de 2010, a carteira de pedidos firmes da Embraer totalizou US$ 15,2 bilhões, ou três anos da receita anual atual projetada.

Segmentos

A Embraer entregou 50 aeronaves no segmento comercial na primeira metade deste ano.

No que diz respeito à demanda por aeronaves, os efeitos da recuperação econômica podem ser percebidos pela intensificação das campanhas de vendas e pela materialização de novos pedidos firmes anunciados recentemente.

"Baseado nos recentes anúncios feitos pela Embraer e negociações em andamento com alguns clientes, podemos dizer que estamos cautelosamente otimistas e que sinais de recuperação do mercado vêm se tornando mais consistentes", disse Paulo César de Souza e Silva, vice-presidente executivo para o mercado de aviação comercial.

O segmento de aviação executiva deve ter uma maior contribuição nos próximos trimestres, devido ao aumento de cadência produtiva do Phenom 300 e o início das entregas do Legacy 650.

Dívidas

O endividamento total foi reduzido para R$ 2,744 milhões, uma vez que as dívidas com vencimento no período foram pagas.

Com a liquidação das dívidas de curto prazo, o prazo médio de endividamento se elevou de 5 para 5,8 anos. Por conta do aumento do prazo médio, o custo médio do endividamento em dólar aumentou de 4,33% para 5,00% ao ano.

Em compensação, as dívidas em reais tiveram seu custo reduzido de 7,11% para 4,19% ao ano. No final do trimestre, 15,8% da dívida total era denominada em reais.

Previsão

A Embraer aumentou a previsão de receita líquida para este ano de US$ 5 bilhões para US$ 5,25 bilhões.

A companhia também revisou a previsão de margem operacional para este ano em US GAAP de US$ 300 milhões para US$ 340 milhões.

Michele Loureiro | 02/08/10 | 19h40



20 de jul. de 2010

20 aeronaves ATR 72-600 e opção para 20 outros aviões


Azul investe US$ 850 milhões em nova frota e planeja IPO




Segundo Janot, azul deve obter lucro anual pela primeira vez em 2010
Segundo Janot, azul deve obter lucro anual pela primeira vez em 2010



A companhia aérea assinou contrato para a compra de 20 aeronaves ATR 72-600 e opção para 20 outros aviões. O negócio, feito durante a Farnborough Air Show, em Londres, foi avaliado em US$ 850 milhões.

A Azul é a primeira companhia aérea na América Latina a fazer um pedido para a nova série 600 do ATR e as aeronaves começam a ser entregues no fim de 2011.

A ATR é uma joint venture entre a maior companhia aeroespacial europeia, Alenia Aeronautica (uma companhia do grupo Finmeccanica) e a EADS. 
No ano passado, a empresa francesa gerou um volume de negócios recorde de US$ 1,4 bilhão (€ 1,1 bilhão). A ATR já vendeu mais de 1.000  unidades do ATR 42 e ATR 72, que são usados por mais de 150 operadores em 80 países.
Expansão
Com o investimento em novas aeronaves, a Azul pretende continuar a expansão de sua malha doméstica regional, que atualmente é desenvolvida com a frota de jatos Embraer 190 e 195, presente em 21 destinos no país.
Segundo a companhia aérea, com os novos ATR 72-600, a Azul passará a captar passageiros de localidades próximas a seus principais centros de operação, que incluem o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP).
David Neeleman, fundador e presidente do Conselho da Azul, disse que "este é um grande momento para a empresa. O compromisso com a nova frota de ATR 72-600 é servir ainda mais cidades no vasto território brasileiro, ligando comunidades menores a cidades maiores, com a conectividade ideal entre os jatos Embraer e os novos ATRs."
Com pouco menos dois anos de vida, a Azul tem atualmente uma frota de 18 aviões Embraer e deverá encerrar o ano com 26 aeronaves. Com a fabricante brasileira de aviões, a companhia aérea tem 41 pedidos firmes, além de opções e direitos de compra para outras 40 aeronaves.
A Azul atende 22 cidades do país e até o final do ano pretende ampliar a atuação para mais quatro cidades distribuídas pelas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, segundo informações do presidente-executivo da Azul, Pedro Janot.
O executivo não detalhou sobre destinos e valores, mas citou como exemplos as cidades de Passo Fundo (RS) e Criciúma (SC).
Mercado
No primeiro semestre deste ano, a companhia assumiu uma participação de 5,43% do mercado de aviação brasileiro, quase o dobro dos 2,81% de um ano antes. A concorrente mais próxima é a WebJet, que domina 6,24% do mercado.
O presidente da Azul afirmou que uma abertura de capital com oferta de ações (IPO) não está descartada e pode acontecer entre 2011 e 2012. No entanto, segundo Janot, a prioridade é reforçar a geração de caixa, que será impulsionada pelos ATRs.
Segundo o executivo, o custo por passageiro desses aviões é baixo e os novos aparelhos vão ajudar a diluir os custos fixos da companhia. Para ele, a Azul deve obter lucro anual pela primeira vez em 2010.
Michele Loureiro  | 20/07/10 11:14

14 de jul. de 2010

O projeto é voltado para uso nas forças armadas, mas a tecnologia poderia se estender para a aviação comercial.

Avião a hidrogênio voa por 96 horas seguidas

Nave da Boeing, ainda em fase de demonstração, é capaz de alcançar mais de 19 mil metros de altura

São Paulo - A Boeing reveleu no início da semana o Phantom Eye, seu novo sistema de aviação não-tripulada movido a hidrogênio hidrogênio, que gera como único subproduto a água. Ainda em fase de demonstração, a nave "verde" é capaz de voar a mais de 19 mil metros de altura durante quatro dias, sem parar.

A Phantom Eye possui dois tanques com capacidade para 2,3 litros, 150 cavalos de potência em cada um dos seus quatro motores, 45 metros de envergadura de asas, viaja a 277 km/h, e carrega pouco mais de 200 kg de carga.

Nos próximos meses, ela será enviada à ao Centro de Pesquisa de Vôo Dryden, da NASA, na Base Aérea Edwards, Califórnia. Lá, passará por testes em solo para se preparar para o primeiro vôo, no início de 2011, que deve durar entre quatro e oito horas.

Inicialmente, o projeto é voltado para uso nas forças armadas, mas a tecnologia poderia se estender para a aviação comercial.

Além da Boeing e da NASA, outras empresas participam do projeto, como a Ford Motor Company (motores), Aurora Flight Sciences (asas); Mahle Powertrain (controles de propulsão); Ball Aerospace (tanques de combustível) e a DARPA (Defense Advanced Research Projects Agency), agência do governo dos Estados Unidos.

Paula Rothman | 14/07/2010 | 16:03

O Brasil será dividido em "quatro regiões para garantir que torcedores não tenham que viajar por mais de uma ou duas horas entre um estádio e outro"

Infraero prevê investimento de R$ 6,48 bi em aeroportos até 2014



Os aeroportos do país receberão um investimento de R$ 6,48 bilhões até 2014, quando o Brasil vai sediar a Copa do Mundo, disse nesta quarta-feira o superintendente da Infraero, Jonas Lopes, dias depois de a infraestrutura para receber o Mundial ter sido alvo de críticas.

Desse total, cujos recursos virão da Infraero (61%) e do governo federal (49%), R$ 5,4 bilhões serão investidos nos 14 aeroportos relacionados com as 12 cidades-sede do Mundial, informou a estatal.

"Segundo estudos encomendados pelo Ministério da Defesa, durante a realização do Mundial, o volume de passageiros deve crescer em torno de 10% sobre a movimentação estimada para o ano", disse a Infraero em comunicado.

A previsão para 2014 sem a Copa seria de 26 milhões de passageiros, afirmou Lopes durante audiência pública da Comissão de Viação e Transportes da Câmara.

Em alguns aeroportos, como os de Guarulhos, Campinas e Brasília, a Infraero prevê a instalação de módulos operacionais, que darão suporte ao atendimento da demanda nesses terminais.

A situação aeroportuária é a que mais preocupa para o torneio que será sediado pelo Brasil, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do comitê organizador do Mundial, Ricardo Teixeira.

Na semana passada, em entrevista na África do Sul, o dirigente não soube informar sobre investimentos e disse que a área era de responsabilidade da Infraero.

Porém, o secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, disse que o Brasil será dividido em "quatro regiões para garantir que torcedores não tenham que viajar por mais de uma ou duas horas entre um estádio e outro". A ideia é evitar grandes deslocamentos das seleções entre as 12 cidades que vão receber jogos do Mundial: Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.

Na terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu àqueles que criticam o Brasil por não estar com a infraestrutura completa para a próxima Copa do Mundo.

"Terminou uma Copa do Mundo na África do Sul agora e já começam aqueles a dizer: 'Cadê os aeroportos brasileiros? Cadê os estádios brasileiros? Cadê os corredores de trem brasileiros? Cadê os metrôs brasileiros?', como se nós fôssemos um bando de idiotas que não soubéssemos fazer as coisas e não soubéssemos definir as nossas prioridades", disse Lula em evento sobre o trem de alta velocidade entre as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, cujo leilão está marcado para dezembro.

Os estádios também são motivo de preocupação para a Copa de 2014. A grande maioria não começou a reforma ou construção e no mês passado o Morumbi foi excluído, deixando São Paulo ainda sem um local para receber as partidas.

Além das obras visando a Copa, a Infraero planeja ações visando as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. "Fazemos esse planejamento anualmente e temos investimentos previstos para depois de 2014 também", afirmou Lopes, segundo comunicado divulgado pelo presidente da CVT, deputado Milton Monti (PR-SP).

Lopes acrescentou que nenhuma das obras causará transtorno aos passageiros porque serão usados terminais temporários para atender os usuários.

14/07/2010 - 19h07