27 de set. de 2010

1 em 4 entrevistados já se arrependeu alguma vez por ter trocado de emprego.

Os empregados estão valendo mais

Por que tanta gente troca de trabalho, ganha aumento – e nem liga para a qualidade de vida

O que os economistas chamam de “aquecimento da economia” tem, para quem ganha salário, significados bem práticos: mais vagas, mais facilidades para trocar de emprego, conseguir aumento e negociar aumentos maiores. Desde 2005 os brasileiros não achavam tão fácil trocar de emprego, segundo uma sondagem mensal da Fundação Getulio Vargas, e os salários de contratação subiram rapidamente desde o ano passado, de acordo com o Ministério do Trabalho. Essa situação ajuda a explicar a nova realidade dos assalariados de classes A e B das grandes cidades do país – aferida por um levantamento da consultoria de recursos humanos Asap, feito com 779 profissionais e divulgado com exclusividade por ÉPOCA.

Esses profissionais estão mais exigentes: 41% deles só aceitam trocar de emprego por ofertas de mais de 30% de aumento de salário (leia o quadro abaixo). “O mercado está bem aquecido, com muitas ofertas de trabalho. Com mais oportunidades, o profissional fica mais valorizado”, diz Carlos Eduardo Dias, sócio-diretor da Asap. Foi o que aconteceu com o gerente comercial Thales Baldinotti, de 33 anos. Ele mudou de emprego há três meses, depois de ficar dois anos e meio na mesma empresa do setor de cartões de pagamento, para ganhar salário um terço maior que o anterior. “Eu ganhava bem no antigo trabalho, mas sabia que podia ganhar ainda mais. Além disso, passei da condição de pessoa jurídica para a de contratado.”

MARCOS CORONATO E CARLOS GIFFONI | 25/09/2010 - 14:30

Nenhum comentário:

Postar um comentário