7 de jul. de 2010

O turismo no Brasil ainda oferece muitas oportunidades. É só observar o que tem lá fora.

Intercâmbio: Trabalho durante as férias e com salário em dólar

Basta uma volta pelas principais ruas de Florianópolis, que logo se percebe a grande quantidade de outdoors divulgando os programas que oferecem trabalho nos Estados Unidos durante as férias escolares daqui em dezembro. Os participantes são, normalmente, de classe média e alta e acabam trabalhando em um emprego que não ocupariam aqui no Brasil. O motivo? Experiência internacional e a possibilidade de recuperar todo o dinheiro investido ou fazer compras e viajar.

Daniel Ferreira dos Santos organiza um grupo da Universidade Federal de Santa Catarina com estudantes que têm vontade de fazer intercambio de trabalho nos EUA. Ele já participou de um programa de trabalho em Las Vegas como segurança e não se arrependeu. Quer repetir a experiência, agora em San Diego.


Daniel dos Santos durante intercâmbio nos Estados Unidos. Ele se organiza para repetir a dose.

Santos afirma que os americanos são mais formais e rigorosos no processo de trabalho e que muitos dos estudantes que vão participar do projeto se enganam com a função do intercâmbio de trabalho no exterior. “Algumas pessoas esquecem que talvez tenham que trabalhar em um subemprego, mas acho que o bacana do projeto é a experiência e o aprendizado de uma cultura nova. Se eu for chefe um dia, sei como é passar por um subemprego e como vou querer ser tratado”, declara o estudante.

Só perde o descanso no verão

O gerente de marketing da Travelmate intercâmbio, Eduardo Heidemann, afirma que o objetivo do programa não é fazer dinheiro,  e sim ter contanto com outra cultura, com a possibilidade, de recuperar o investimento. Segundo ele, as vantagens da experiência são aprimorar o inglês, fazer algo produtivo nas férias e agregar conhecimento para o futuro profissional.

“A desvantagem é a perda do verão brasileiro. Algumas pessoas não gostam de trabalhar em um período em que os amigos estão descansando”, afirma Heidemann.

A coordenadora do programa workexperience da Intercultural, Marina Jendiroba, declara que a procura é grande porque o custo do programa é barato quando comparado a outros. “É um excelente incremento no currículo, que facilita na hora de conquistar uma vaga aqui no Brasil.”

Juliana Bley é diretora da empresa Ci, que também oferece o programa. Ela afirma que o salário mínimo americano é de US$ 7,25 por hora, ou US$ 2,75 por hora, no caso de posições em que o participante tenha gorjetas.

“A média estimada da carga de trabalho é de 20 a 50 horas por semana, podendo variar para menos ou mais em função da disponibilidade e necessidade do empregador durante o período do programa”, revela a diretora.

Djeniffer Brandão é gerente do departamento de intercâmbio da STB e revela que a procura pelo programa diminuiu um pouco por causa da queda do número de vagas com a crise, mas que é possível encontrar boas oportunidades.

Segundo as agências consultadas, o investimento para o universitário que pretende trabalhar um período fora do Brasil varia de R$ 4,5 mil a R$ 7 mil, dependendo da empresa. A modalidade focada no trabalho só acontece nos Estados Unidos. Quem quiser ir a outro país, pode optar por programas que incluem estudo e trabalho.

DIEGO SOUZA | 07.07.2010 | 09:56

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